O mercado de criptomoedas começou a semana bem agitado, e não da melhor forma. O Bitcoin viu seu preço despencar para US$ 112.000, uma queda de 2,3% nas últimas 24 horas. Já o Ethereum não ficou muito atrás, sendo negociado na faixa dos US$ 4.000, com uma perda de 6,8% nesse mesmo intervalo.
As criptomoedas menores também sentiram essa pressão. Entre as dez principais, destacam-se a Solana, que caiu 7%, e a Dogecoin, que perdeu 9% do seu valor. Projetos menos conhecidos, como World Liberty Financial (WLFI) e Uniswap (UNI), tiveram quedas ainda mais drásticas, com 15,1% e 11%, respectivamente.
E o efeito dessa desvalorização? Impressionantes 400 mil traders foram liquidadas nesta segunda-feira, com um total que ultrapassa US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) — quase o dobro das liquidações registradas no dia 1º de agosto.
Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas em queda acentuada
O Bitcoin havia experimentado um breve respiro, chegando a US$ 118.000 após a decisão do Fed de cortar os juros pela primeira vez em nove meses, lá no dia 17. Porém, logo a moeda enfrentou um recuo de 5%, encontrando suporte na faixa de US$ 112.000. Curiosamente, mesmo com anúncios de compras significativas — como os 850 bitcoins adquiridos pela Strategy e 5.419 bitcoins pela japonesa Metaplanet — o mercado acabou caindo durante a madrugada.
O Ethereum foi ainda mais afetado. Após atingir um recorde próximo a US$ 5.000 no final de agosto, hoje opera em US$ 4.059, com uma queda de 6,8% nas últimas 24 horas. Outras criptomoedas também enfrentam perdas significativas.
O motivo por trás desse crash não parece estar ligado a um fator específico, mas sim a uma correção natural do mercado, que passa por um ajuste. Nas redes sociais, Changpeng Zhao, o fundador da Binance, comentou que “as quedas são importantes para estabelecer níveis de suporte, que são como os alicerces de uma casa”.
Liquidações massivas no mercado de criptomoedas
A expectativa após o corte de juros deixou muitos investidores animados, mas essa otimização acabou pegando muita gente de surpresa, especialmente aqueles que estavam alavancados.
Segundo dados da Coinglass, mais de 400 mil investidores foram liquidadas, com US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 9 bilhões) em liquidações. Impressionantemente, US$ 1,6 bilhão desse total eram de posições compradas. Os traders de Ethereum foram os mais impactados, seguidos pelo Bitcoin e outras criptomoedas menores.
“Nas últimas 24 horas, 402.462 traders foram liquidadas, totalizando US$ 1,71 bilhão em liquidações”, diz a Coinglass. A maior liquidação única ocorreu na plataforma OKX, no par BTC/USDT, no valor de US$ 12,74 milhões (cerca de R$ 67,8 milhões).
Comparando com eventos passados, esses números quase dobram os registrados no crash de agosto. Em fevereiro, 730 mil investidores enfrentaram liquidações que totalizaram US$ 2,27 bilhões.
No atual cenário, muitos investidores optam por aguardar um sinal de recuperação antes de retornar ao mercado. No entanto, também há aqueles que veem essa queda como uma oportunidade para aumentar suas aquisições, como se fosse um “desconto” no preço das criptomoedas.
